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A arte de sustentar o lugar de fala: como comunicar liderança com firmeza e empatia

Há momentos em que a comunicação deixa de ser um exercício de empatia e passa a ser um exercício de estrutura.


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A posição de quem visualiza o macro e gentilmente comunica, na outra direção, para que toda a hierarquia caminhe para o mesmo lugar, é um desafio. Quem lidera sabe: há dias em que o “como dizer” pesa mais do que o “o que dizer”.


Nas equipes criativas, a valorização do diálogo horizontal virou regra, e isso, além de saudável, é uma evolução necessária comparado aos antigos moldes de trabalho. O risco, nesse processo, é confundir horizontalidade com ausência de fronteiras, falta de consciência sobre hierarquias e suas respectivas responsabilidades - para além do que a operação consegue observar e compreender por si só.


Gentileza não substitui clareza e escuta ativa não substitui responsabilidade (vale lembrar).


O limite, em si, também é comunicação. Quando entregas não acontecem, quando o feedback vira nota solta sem ação, quem está à frente precisa devolver um espelho: apontar onde o ruído começa, com precisão, sem teatralidade e com a dose certa de distância dos vínculos pessoais gerados. Nem sempre é possível se fazer valer da doçura. Às vezes é a exatidão que pede passagem. Comunicar liderança com firmeza e empatia ajuda a colocar tudo de volta ao eixo.


Sustentar autoridade é costurar firmeza, afeto e respeito. É falar com corpo: postura coerente, rotina previsível, regras simples e consequências claras. Exemplo prático: em vez de longas conversas sobre compromisso, gerenciamento de micro-tarefas e falta de engajamento, o ideal é estabelecer um ritual de 3 perguntas semanais: conquista, obstáculo, ação proposta e cobrar o pequeno hábito. Esse pode ser um pequeno grande primeiro passo.


O hábito gera cultura.

Cultura forte, gera transformação e resultado.


O efeito é claro e para os dois lados:

  • Quem assume a liderança educa pelo gesto/exemplo (o tom da reunião, a pontualidade, o formato das entregas).

  • Quem responde ao padrão aprende a operar em função do coletivo.


A comunicação feita através da inteligência emocional não é sobre ser mais suave ou mais dura... é sobre ser intencional e assertiva.

Firmeza sem rigidez, humildade com direção e a lembrança de que, muitas vezes, o silêncio estratégico fala mais alto que uma correção em alto tom.


Nota da autora: Este texto nasceu de vivências e conversas reais com equipes em processo de mudança: intervenções curtas, feedbacks diretos e a prática de transformar fricção em foco. Comunicação é escolha e escolher com intenção, é a primeira ação de uma líder que quer gerar resultado com humanidade, leveza e parceria.

🕊️ por Mariana Noboa

Comunicadora e Consultora de Comunicação para marcas e pessoas.

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